Um projecto de jornalismo cultural foi um sonho de Jorge Telles de Menezes, poeta e tradutor nascido no Porto, radicado em Sintra desde os anos 80 do século XX. Em 2011 esse sonho tornou-se realidade e nasceu o jornal cultural Selene - Culturas de Sintra.
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Capa da Primeira Versão de Selene, edição papel |
Depois de várias tentativas de criação da imagem e da plataforma digital para acolher os conteúdos e promovê-los pela internet, Jorge Telles de Menezes com seu amigo e co-fundador Filipe de Fiúza avançaram com a produção do projecto em tecnologia .flash, na plataforma wix.com. Desta forma os conteúdos tomaram uma leitura e acessibilidade nunca antes encontrada no jornalismo cultural em Sintra, além disso, as várias artes podiam assim ser incluídas desde a literatura (textos), a pintura (imagens), a música (sons) e o cinema (vídeos), num projecto digital de inclusão e difusão multicultural e multiartístico.
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Selene - Culturas de Sintra, visão da grelha principal, primeira edição digital, 2011, wix.com |
Dos variados temas de capa, a construção da marca e dos conteúdos de Selene - Culturas de Sintra entre 2011 e 2015 foi executado com muito trabalho voluntário, em especial da parte de Claire Smith que financiou em momentos críticos o expediente necessário à continuação do projecto e foi Presidente da Caminho Sentido - Associação Cultural, constituída para não só facilitar o registo oficial do jornal como também reunir autores e artistas que contribuiam assiduamente em Selene - Culturas de Sintra.
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Logotipo, Caminho Sentido - Associação Cultural |
Inicialmente concebido para ser publicado quatro vezes por ano, de acordo com cada estação Primavera, Verão, Outono e Inverno, com o passar do tempo e com os escassos recursos financeiros acabou por não cumprir a regularidade esperada. Ainda assim, entre 2011 e 2015 foram publicados online doze números.
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Poster Apresentação Pública primeira
edição digital de Selene - Culturas de Sintra |
Paralelamente às publicações online, foram promovidos eventos de apresentação em vários espaços públicos com intervenções dos autores participantes, havendo leituras de textos, música, spoken word, visionamento de filmes e muito convívio entre a comunidade Seleniana.
Depois de 2015, o projecto entrou em decadência por falta de visão estratégica e por dificuldades relacionadas com a tecnologia .flash que acabou por ter um processamento reduzido pelos novos motores de busca da internet.
Em 2018, ano da morte do fundador, o poeta e editor Filipe de Fiúza adquire o domínio www.selene.pt e com a preciosa ajuda de Maria Telles de Menezes, esposa do fundador, garante o acesso aos conteúdos online ainda alojados na plataforma wix.com. Após feita uma avaliação sobre a viabilidade de continuar o projecto, para salvaguardar o singular e profícuo trabalho de todos os autores e dar oportunidade à comunidade sintrense comprar e arquivar, decidiu-se adaptar cada publicação online em livro, através da editora EDITAR
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